Pela web IV



Texto publicado no blog Figurino e Cena de Paulo Vinicius, sobre nosso espetáculo:

Fotomaton tem direção cênica bem desenhada e alguns recursos visuais que dão acabamento à interpretação de Cristóvão de Oliveira. O ator representa o personagem título e mais algumas pessoas da sua família como a mãe, o pai, um tio Gay e uma prima que vive fora do país. No conjunto, é uma boa interpretação, porém os personagens femininos têm força maior quanto à interpretação. Atribuo esse critério de valor pelo fato de terem sido construídos como caricaturas. São cômicos e mesmo nas entrelinhas do texto eles instauram pausas dramáticas que ganham a platéia e contrastam com o tom sério e mais linear dos personagens masculinos.
A plasticidade é garantida pelo cenário bem executado que, somado á iluminação bem desenhada e também bem operada, dá ao espetáculo o movimento que rompe com qualquer possibilidade de monotonia.
A direção é assinada por Max Reinert, o cenário e os adereços por Alfredo Gomes, a iluminação por Bruno Girello, o figurino pelo próprio Cristóvão de Oliveira e a trilha sonora por Chico Nogueira que faz sempre boas escolhas e sempre acerta no tom.
O texto é do autor venezuelano Gustavo Ott e é inédito no Brasil. O monólogo apresenta um conflito familiar e caótico, sob o ponto de vista de um homem que morreu vítima da indiferença e insensibilidade de seus parentes.
Fotomaton foi um dos projetos contemplados pelo edital de ocupação do Teatro Novelas Curitibanas da Fundação Cultural de Curitiba neste ano de 2009 e é uma boa opção que pode ser vista até o dia 17 de maio. Maiores informações em http://www.fotomatoncuritiba.blogspot.com/

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